ENTRE O CÉU E O INFERNO

Sombras em ensaios,
uma sinfonia mouca nunca ressoada,
um par de seios escondidos;

da falésia imaginada de entrepernas,
o êxtase e o perigo;

chãos com pedras voados com asas
perplexas, erectas e apaixonadas,
palavras em nós de silêncio
a dizerem tudo;

o tempo parou no destempo
que se inventaram,
os anjos e os demônios também pararam
a assistirem ao intenso, esplêndido
e estranho espetáculo:

um deus estava a amar,
alucinadamente,
aos mistérios e encantos
de uma habitante das trevas.

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 29/05/2014
Reeditado em 29/05/2014
Código do texto: T4824527
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