Dádiva

É sagrado

esse que leva como cajado

a ternura das estrelas

e confidencia aos meus ouvidos

as ascenções de todos os ventos

os amigos e os inimigos...

É muito amado

esse que se orienta

na cidadela de seu silêncio

e que caminha, desarmado,

no passo cósmico do tempo.

É sagrado

como o perfume das minhas flores

como a magia dos meus cedros,

que adornam meus anelos

quando dou as costas às dores.

Sagrado e amado é

esse que me reconhece

na seiva de sua alma,

feita do mais puro amor

e que na noite não desfalece,

e me acalenta em minha prece

feita de seu céu interior...

(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 10/05/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T482372
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