DESPERTAR
Parecia morto
Ou meramente adormecido.
Do lado de dentro
O silêncio zunia nas paredes
Ainda em brasa,
Abscindido pelo pulsar
Do sangue de uma súbita chama.
Espectros gritam
Sensações esquecidas...
Dor e ardor se contorcem
No chão frio da desilusão.
A força repulsiva
Em centrífuga com a chama
Brilha num escuro paralisado
Até que os músculos trêmulos
Cedem e se entregam.
Desperta.