Não Mais
Não haverá mais carícia dada ou furtada
Sorrisos sinceros ou simplesmente gentis
Tampouco banhos de cachoeira furtivos
Sombras pálidas de uma era feliz
Adeus aos abraços enlevados e ardentes
E o aprontar-se com primor, ansiedade e alfazema
Se o tudo hoje é nada e o vazio está presente
Sentimento voou para longe, uma perda, uma pena.
Saiba que cada beijo foi semente lançada no coração
Porém o arado falhou, o roçado não vingou jamais
Faltou o adubo do amor, quintessência da plantação.
Hoje o solo presta-se somente à savana dos animais
Vai, esquece-me e segue a trilha que escolheste
A mim cabe mudar o tom e a melodia desta canção inacabada
Pálpebras pesadas, cílios molhados, cenho triste
Lentamente dissolveremos nossas vidas um dia cruzadas.