O caderno azul
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Queria a mesma manhã
daquele mês de agosto
quando teu rosto
colava-se ao meu.
Queria a literatura mais pomposa,
A tua voz mansa a desenhar palavras
e carícias nas cores da minha alma.
Longe, havia perfumes
no verde das folhas
caídas nas margens.
A mão insiste na arquitetura do poema,
retoca uma fotografia do amor,
nas páginas e temas do caderno azul.