Tua.
Tua
Desce a noite escura e sombria
Ouve-se ao longe o pio de uma coruja
E eu aqui
Em devaneios solitários, tremulo.
Em minha mente psicopata
Nefastas ondas de calor
Deixam meu corpo em chamas.
Você.
Toma meus pensamentos
Entorpece meus sentidos
Agita meu sono já tão intranquilo
E esse descompasso
Essa batida frenética
Caótica.
A carótida exaltada pulsa
Ao ler teu nome
Minha mente vagueia
Em projeção até onde estais
É sangue
É suor
É febre
É uma necessidade
Uma urgência de te ter
De saber que estais aí
Para mim
E só para mim...
Que veneno me destes de beber?
Que droga injetastes em minhas veias?
Que é esta agonia que toma meu corpo
Quando não estais aqui?
Te preciso
Necessito de tua pele na minha
Do calor dos teus lábios
Da sensação inigualável de sentir sobre mim
O teu olhar.
Num eterno envolver-se
Entregar-se
Ceder sem medo de errar outra vez
Sem necessidade de dominar
Mas ser dominada
Deixar-se ser levada
Por querer.
Vem e toma-me
Porque sou tua
E só tua.