Lua Capital

Mesmo que você me procure a esta hora

Já não sou o mesmo,

na alta madruga, o oxigênio sufoca

Não cheguei aqui para mais uma derrota

E você me conheceu como um mendigo,

vestindo um maltrapilho

Hey garota, eu fui nomeado

Um cavalheiro andarilho

Dispense as justificativas

No seu rodapé,

rabisque as notas explicativas

Eu sou só uma criança com o bê a bá

Aprendendo a se rebelar contra tudo e todos

Se refugiando na cidade de luz, de céu estrelado

Buscando sentido nas coisas simples, nos campos verdes

Antes que tudo seja bombardeado, em concreto, transformado

Nos muros da cidade de luz, tá lá grafitado:

"Lua, ele não vê,

Lua, ela não lê

Mas, continua escrito, para ninguém crer"

Até quando a tinta vai resistir à chuva?

Com a traição da amante "eternidade"!

No momento derradeiro,

O jovem insensato, será um ingênuo cordeiro?

Eu queria dizer que existem bilhões de verbetes e,

excluindo os males,

eu poderia com todos escrever, mas, vou terminar aqui,

nas noites banhadas pela Lua Capital.