A PROPÓSITO
Quando te fores
durante meu sono à madrugada,
deixa as janelas e as portas
entreabertas,
para que, ao silencioso
e triste amanhecer,
eu ainda possa te sonhar
contemplando as
nuvens,
ou, quem sabe,
esperar-te o regresso sincero
– ou minha morte eterna –
sob o ar rarefeito de tua
ausência.
Péricles Alves de Oliveira