MEU CAMINHONEIRO

Cruza horizontes,

ganha o mundo,

louca vida que tem levado.

Na direção firme, junto

aos sonhos que tem suado.

Pinta à mão, um retrato

da paisagem que surge.

Não tem o mesmo trato,

não desenha o mundo que urge.

No ronco do caminhão...

o abandono acelerado,

ronca a solidão na poeira

e no cheiro de mato.

Cruza a vida sem avenida,

o retorno no pensamento.

Numa estrada comprida,

cumprida sem lamento.

Amor itinerante

a estrada o acelera.

Sou incessante

na espera!

SILVIA TREVISANI
Enviado por SILVIA TREVISANI em 21/05/2014
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