MEU CAMINHONEIRO
Cruza horizontes,
ganha o mundo,
louca vida que tem levado.
Na direção firme, junto
aos sonhos que tem suado.
Pinta à mão, um retrato
da paisagem que surge.
Não tem o mesmo trato,
não desenha o mundo que urge.
No ronco do caminhão...
o abandono acelerado,
ronca a solidão na poeira
e no cheiro de mato.
Cruza a vida sem avenida,
o retorno no pensamento.
Numa estrada comprida,
cumprida sem lamento.
Amor itinerante
a estrada o acelera.
Sou incessante
na espera!