COM AMOR

Poema vagamente baseado no último até o dia de hoje da minha muito querida e estimável amiga Sonya Borboleta

COM AMOR

Dizem que na face oculta da Lua

Existe um reino que luta entre suspiros de alegria e lágrimas de dor

Mundo invisível que encaro

Com Amor

Olho para os meus fantasmas como algo de mim, talvez algo essencial

Numa altura em que descobri nada ser de especial

Sou apenas um pouco da essência das estrelas e dum infinito calor

Por isso eles vivem e viverão comigo até o meu último estertor

Com Amor

Olho-te ao espelho e penso como será possível amar-te tanto

Ao ponto de pensar que quase rebento

Em ondas e hordas de ternura que percorrem o meu corpo e alma num frémito

Porque apesar de me desiludir ainda e sempre acredito

Com amor

Beijo-te todas as noites, todas as noites rezo por Ti

Porque sou um ser esquisito e aprendi que há seres como eu, assim…

Que de uma penada enfrentam os fantasmas e choram por amores perdidos

Amando, nunca parando de amar até fazer desse amor um mito

Com amor

Em espasmos de infinitos orgasmos do mais louco e indizível prazer

Em realidades risíveis de sonho ou realidade, pois eu sem elas não sei o que fazer

Amo por profissão de fé ou meramente laboral

Amo porque amar sempre foi em mim fundamental

Com amor

De novo observo o teu reflexo e até na sombra reparo como és bonita

E choro de felicidade por poder ver algo que contado ninguém acredita

Nessa planície imensa onde me encontro virtualmente, mas a valer

No medo que já não tenho de Te perder

Porque Te tive e perdi vezes incontáveis

Em sentimentos perenes e não improváveis

No canto frio que me aquece a voz

Porque quando penso em Ti nunca me sinto só

Com amor…