MONÓLOGO.16. (Minhas Limitações).

Em meus limites,

Procurei vocabulário,

Até nos dicionários,

Pra poder te escrever!

Embora tendo,

O mais frágil português,

Mas me atrevi desta vez,

Rabiscar o meu querer!

Sinto já trêmula,

A caneta em meu punho,

Mas me atrevi em rascunhos,

Falar de meu sentimento!

Que sempre tive,

Aqui no peito guardado,

Embora não revelado,

A ti em nenhum momento!

Em poesias,

Sigo apenas engatinhando,

Mas veja estou melhorando,

Praticando cada dia!

Só sei dizer,

Que me motiva a saudade,

Igual uma tempestade,

Minando a minha alegria!

Encontro forças,

Pra vencer essas barreiras,

Posso até romper fronteiras,

Em busca de teus carinhos!

Que me alimenta,

O desejo de te amar,

E apenas contigo ficar,

Deitados no mesmo ninho!

Há! Como gostaria,

De compor-te a poesia,

De cantar-te uma melodia,

Que tocasse o coração!

Deixar teu corpo,

Todo marcado de beijos,

Só pra matar tal desejo,

Que sufoca-me então!

Poder de perto,

Contemplar o teu olhar,

Sentir você me acenar,

Com um gesto sensual!

E enlouquecer,

Envolvido nos teus braços,

Em ofegante cansaço,

De teu corpo angelical!

Adormecendo,

Ao teu lado encostado,

Sobre lençóis amassados,

De um caliente amor!

Poder sentir,

Teu suspirar avexado,

Junto a meu corpo deitado,

Suando por teu calor!

Tocar teu corpo,

Com uma pétala de rosa,

Ouvir tua voz dengosa,

Carente pra ser amada!

E no momento,

Que aflorarem os desejos,

Poder te dar muitos beijos,

E o teu sabor provar!

Devagarinho,

Afagar-te os cabelos,

Como mágico espelho,

Tua imagem refletida!

De tua pele,

Sentir toda maciez,

Sessenta dias por mês,

Com a fome redobrada!

Mas como posso,

Meu acesso é limitado,

Percebo ser bloqueado,

Quando me vem tal vontade!

Apenas sinto,

Em meus desejos contidos,

Confesso fico perdido,

Envolvido de saudades!

Queria ouvir,

Tua voz naquelas horas,

Em que o desejo aflora,

Me pedindo pra te amar!

Ai então,

Sentiria de verdade,

O que é ter felicidade,

Vendo-te a mim se entregar!

Poder sem medo,

Navegar pelo teu corpo,

Desprotegido absorto,

A cada palmo parar!

Como é gostoso,

Poder externar-te o amor,

E te amar sem pudor,

Cada dia sempre mais!

Ver as delicias,

Desse momento preciso,

E levar-te ao paraíso,

Com carinho e tudo mais!

Sentir tuas mãos,

De inocente timidez,

Me segurar dessa vez,

Recostando-me em teu peito!

E me fitar,

Com olhar apaixonado,

E deixar-me fascinado,

Envergonhado e sem jeito!

Há eu queria,

Embarcar em teu sorriso,

Que mesmo de improviso,

Sabe me fazer feliz!

É como sentir,

A mais pura sensação,

Que faz brotar emoção,

Como o poeta diz!

Mas como posso,

Vivendo de incertezas,

No amor tu és alteza,

E eu um simples plebeu!

Que mais pareço,

Um arbusto sem raiz,

Lutando pra ser feliz,

Como em mundo de Orfeu!

Posso sentir,

Tua voz doce e suave,

É como canto das aves,

Que alegra o amanhecer!

Chegar tão forte,

Mesmo assim na distância,

E me dar mais esperanças,

De teu corpo me querer!

É complicado,

Te declarar o que sinto,

Mas é verdade não minto,

É esse meu sentimento!

Posso sentir,

Que me desejas também,

Pois só dá amor quem tem,

Seja a qualquer momento!

Embora aches,

Que estou sendo atrevido,

Mas eu me sinto perdido,

Desse seu amor carente!

Sinto minh’alma,

Sem meu corpo navegar,

Voando só pra te amar,

De forma bem consciente!

Então compus,

Esses rudes simples versos,

Mas de coração confesso,

Apenas pra te dizer!

Não sou poeta,

Só escrevo algumas linhas,

Por motivos vida minha,

Quem sabe só por você!

Talvez minha voz,

Não seja assim tão gostosa,

Embora rouca e sem prosa,

A tocar-te intimamente!

Mas é assim,

Que eu sei dizer ti amor,

E em meu silencio te chamo,

Cada dia infelizmente!

Sei que não tenho,

Tão necessária eloquência,

Mas é que sinto a carência,

De teu afago e carinho!

Que me devora,

Todo instante sem sessar,

Isso só me faz sonhar,

Como simples passarinho!

Peço que aceite,

Essa simples poesia,

Pus nela minha alegria,

E toda minha emoção!

Guarde consigo,

O seu conteúdo inteiro,

Além do mais verdadeiros,

Do fundo do coração!

Cosme B Araujo.

15/05/2014.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 15/05/2014
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