Visita do amor
Às vezes, amor bate à porta da gente,
e não discernimos quem lá fora está;
Abrimos, senho cerrado, e indiferente,
Como fossem, testemunhas de Jeová...
Idiossincrasias que nos tolhem, senso,
ou, nosso senso já provou e não gosta;
Evita, porém, a geração do meio tenso,
Diz: vá com Deus, e ignora à proposta...
aqui estou purgando alguns erros meus,
Sendo honesto tanto quanto eu consigo;
Pois, o amor não deseja o, ir com Deus,
se veio Dele, somente para ficar comigo...
Com pose de senhor feudal que esmola,
Como se estivesse diante d'um mendigo;
minha ignorância dada a gazeta na escola,
Pois, o amor oferece, quando pede abrigo...
Aí, que não mais baças as janelas d’alma,
lógico, não deixarei o amor dormir na rua;
é calor para o frio e refrigério pra calma,
Pode entrar, meu amor, pois a casa é sua...