Tempo de amar

Esses dias solitários,

Que se passam,

Que escorrem, e não permitem-se serem agarrados.

Que levam consigo nossas memórias,

Nossa boas conversas.

Esse tempo impetuoso,

Que passa, e não se permite voltar.

Que deixa para trás todas as indecisões,

Todas as palavras não ditas,

Que me afasta de você.

Esse futuro incerto,

Que nunca chega para nós,

Que se mantém em nossos sonhos,

E cada vez mais distante de se realizar

E esse presente que me foi dado,

Para fazer loucuras,

É corriqueiro demais,

E totalmente entregue ao acaso,

Esses dados que o tempo joga,

Que nunca me deixaram te dizer,

Que nunca me deixaram fazer,

Que me conformaram com um abraço.

Esse dia que passou,

E tudo que fiz foi escrever esse poema,

Em vez de te dizer o que o tempo nunca me encorajou a fazer.