E SE...
Vem cá!
E se nossas dolorosas chuvas
não caíssem tantas vezes
ao sonho sublime,
e se guardássemos
nossos verbos voláteis à garganta
para que não nos ferissem?
Vem cá, vem!
E se não nos passamos de esculturas
feitas por nossa fértil imaginação
sobre a rocha fria,
e se esse amor se ruísse
aos precipícios que nos plantamos
todos os dias?
Vem, vem cá, vem!
E se somos tudo
e, por nosso descuido ou vesania,
amanhã nos houvermos
nada?
Péricles Alves de Oliveira