E SE...

Vem cá!

E se nossas dolorosas chuvas
não caíssem tantas vezes
ao sonho sublime,

e se guardássemos
nossos verbos voláteis à garganta
para que não nos ferissem?

Vem cá, vem!


E se não nos passamos de esculturas
feitas por nossa fértil imaginação
sobre a rocha fria,

e se esse amor se ruísse
aos precipícios que nos plantamos
todos os dias?

Vem, vem cá, vem!

E se somos tudo
e, por nosso descuido ou vesania,
amanhã nos houvermos
nada?

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 12/05/2014
Reeditado em 12/05/2014
Código do texto: T4804116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.