Amando-te
As mãos tocam suavemente
A carícia que não te fiz
Em veludos de anseios
Sussurram na agonia da espera
Percorrem a fímbria do desejo
Espraiando-se na saudade
Que me conhece o ardor
Roço os meus lábios
No beijo que te imagina
São teus olhos a voz que me guia
Doces murmúrios a me desvestirem
Nua de segredos, revelo-me em ti
E entrego-me a todos os sons
Com os quais me fotografas
Na lente do teu corpo que me focaliza
Descansas as palavras em meu olhar
Nem sempre o amor precisa ser dito
Na leve pressão dos teus dedos
Silabando todos os meus caminhos
Compreendo enfim, os teus silêncios...
© Fernanda Guimarães