Sabe
Sabe,
Ao som desse clarinete, saxofone sei lá o que
Podemos viajar sem pressas de chegar.
Olhando as paisagens ao longo
da rodovia.
Admirando as paisagens de meu Deus.
As obras do Grande Arquiteto do Universo.
Ser feliz sem mais nada.
Somente deixando
o vento esvoaçar nossos
cabelos.
Rir de nos mesmo ajeitando-os,
as rebeldias de nossas vaidades,
bem penteados.
Matar a saudade comendo chocolate
e lambuzar a boca.
Cantar, sorrir, rolar pela grama,
esse cheiro gostoso de mato.
Chegar cansado de nada fazer
Cansado de tanto brincar,
De viver um dia de adulto
em trajes de criança.
Despejar as energias
maléficas do corpo,
trocando-as por
benéficas
Hoje amanheci
renovado.
Paulo Mello
02.05.07