Fósseis de sonhos

O eco que ouço da minha dor,

(re) bate nas paredes deste infindo vazio,

E por vezes deixa-me insana.

Prostro-me imóvel e ciente de;

Não poder tocar,

Não poder realizar,

E nem ao menos sonhar.

São fósseis dos grandes sonhos,

Caminhos do qual,

(in) voluntariamente desviei-me.

Posso sentir-me desaparecendo aos poucos

Presa em cada devaneio desfeito

Sequelas adornam minha alma

E tento regurgitar-me de mim.

Neste instante, nada, nada sou.

Apenas um corpo, procurando por amor.

Enide Santos 11/05/14

Enide Santos (meu toque)
Enviado por Enide Santos (meu toque) em 11/05/2014
Reeditado em 13/05/2014
Código do texto: T4803176
Classificação de conteúdo: seguro