Carta poética à você

Amo-te dos pés a cabeça,

Em cada fio de cabelo,

Em cada palavra sem sentido.

Cada frase jogada ao ar agarrada ao desespero.

E a cada dia passado

Riscado na parede da lamentação,

Que corrói a alma do desejo,

De apagar os riscos,

Para poder risca-los novamente.

Esse amor que perturba as palpitações,

Desordena os pensamentos,

Que te perde na luz,

E te acha à escuridão.

Ele não te segura pelas mãos,

Mas aponta um caminho sem volta,

Para onde ninguém sabe onde ir.

O amor sem sentindo,

Que ama quem não deve ser amado,

Que abraça a paixão,

E numa volta infinita te esquecem,

Mas deixam a desilusão