Verdades e Mentiras

Verdades e Mentiras

Ylagam

A mim mesmo insisto em dizer;

é só uma questão de tempo.

O passado agora tão presente

Aos poucos pressente que amanhã,

Quem sabe, talvez... como saber?

Musicas que marcaram o compasso

De um breve espaço de amor

Vão marcando apenas um traço

No espaço vazio da paixão.

Hoje tento ignorar que existes.

Ignoras minha existência, creio eu.

Passo por ti como se nada fosses.

Quando por mim passas,

finges que não me conheces mais.

Por ti,quando passo,

desfilo uma tranqüilidade que estou longe de sentir.

Para mim desfilas indiferença,

Como se possível fosse não lembrar.

As horas de amor que juramos eterno

Ingênuo devaneio dos apaixonados,

Pensando prender na eternidade

Alguns momentos de felicidade.

Carinhos partilhados.

Abraços apertados.

Bocas sugadas em beijos sôfregos.

Angustia de nos perder.

Soluços desesperados.

Brigas apaziguadas.

Um adeus querendo ficar.

Ah! Quanta infantilidade pensar

Varrer de nós o passado.

Negar o que se viveu.

Enganamos aos outros

Quando por nós somos enganados

Pensando que o que era se foi.

Quando o que se pensou que real fosse

Nada mais foi que desilusão

Ando hoje em desencontro.

Buscando encontrar no amor

A cura, para um imenso medo de amar.

Meus sentimentos reprimindo, sempre de mim fugindo.

Contando-me mentiras como se fossem verdades

E verdades mascaradas em mentiras.

Ando hoje em desencontro, querendo tão somente ( em outro alguém)

te reencontrar.