Das Brisas o Sentimento

Já dizia o poeta anônimo;

Quem planta ventos colhe ventanias,

Aprendi a semear as brisas

E colher de suas flores o vento,

Amigo do tempo, do sentimento!

Pelo olhar,

A simbiose do silêncio

Tomando conta do perfume

Exalando-se da rosa

Sobre os lençóis... Verso calado!

O primeiro suspiro

Da voz envolvente, mais uma dose

De mistério imprime-se, realça-se

Pelo ósculo pródigo, quase amante,

Um brinde ao pranto na face!

A canção enfim, se dá,

Pelo corpo desnudando-se

Em lamentos lentos, onipresentes

Do âmago em êxtase, pois a melodia,

Dita-se por louvores e navegares, ais!

Ah, aquele abraço guardado

Semeado em avessos e palavras,

Do beijo morangos batom,

Chocolate imensidão, oh, o amor

Apenas os corações, solidão, duo paixão!

11/05/2014

Porto Alegre - RS