Sou eu assim

Não sei como pedir que me ames

Vai depender de tantas variáveis

De minha auto-crítica egoísta

De meu caráter depressivo, egoísta

De minha estranha tendência ao afastamento

Mas é assim que mantenho vida

Reforço meus ossos, aperto as feridas

Sei lá, acho que foi dom de Eros

Esse comportamento masoquista

Só peço que não reclames, sincronize

Nunca peça mais, mate

Nunca diga que foi pouco, morro

E vai que um dia eu fique normal

Normalmente louco sugarei

Tua alma, isso me acalma

É o que me faz parar, unir, dormir, sorrir

E quando a espera for longa demais

Clamo que meu amor perdure

Que meus nervos sejam de aço

Que meus músculos cardíacos nefastos

Batem fortes, batem sempre e logo e tanto

Não quero herméticos os sentimentos

Vãos os enlaces

Quero esquecer a noção de tempo

Amando-te a qualquer momento

Tão sublime e intenso

Momentos nossos de fé, misticismo

Como os rumos de um desses firmamentos

Gabriel Amorim 10/05/2014