PRENÚNCIO...

Proposta feita para caminharmos

pelas noites em companhia do

silêncio dos meus passos.

A fuga por ruas incertas, a

bruma desnorteando o andante,

tentado fazer esquecer o passado.

Quantas vezes no escuro o

súbito susto feito pelos ramos

pendentes do vimeiro.

Uma vez ou outra se

ouvia os acordes perdidos

da doce canção dos enamorados.

Uma verdade sempre nova,

na solidão a dois das noites

sempre úmidas e solitárias.

A estrela do pastor, anã ou binária

lá no infinito a observar alguém

perdido aqui na terra.

Hesitação como o amor filial e a sede de

vingança a confusão de Hamlet,

a música de fundo de minha história.

Impossível viver com elas quando

o sol está debaixo do horizonte,

pânico geral nunca soube onde eu estava.

Deixei-me vencer pelo feitiço quiçá

tenha sido um inimigo resultado

de cultos para tornar-me encantado.

Manhãs cansadas retorno

do malogro, mas que bom prenúncio

de um alvorecer iluminado...

Wil
Enviado por Wil em 10/05/2014
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