ABRIGO
Com os tijolos da paciência
Levantei paredes de um abrigo
Reboquei com as palavras paridas
De minha alma febril
E as pintei com as tintas dos sentimentos
Cobri-o com as esperanças
As flores não demoraram a vir no rastro da chuva
E no sorriso do sol,
No dia aberto
A compor o jardim e sua beleza
No meu pedacinho de chão.
Ali descobri a ternura das águas
Que banha meu corpo
E o prepara para receber o perfume
Das manhas
Este é o refugio por onde campeio
O gado ligeiro das atribulações
E sulco com minhas mãos
Os campos de algum sonho
Para receber a semente
Que germinará um dia
Dentro da serenidade
Das estações
Aguardo o vento da bonança sempre
E preparo meu coração.
Para ser melhor