Poema Atravessado
Poema Atravessado
(08-05-14)
Pelas linhas, que agora nos fogem
Sobrevivem palavras que ainda respiram
Sem dispor de ódio nem rancor
Apenas sublimes vestígios de tal querer
Que se quis tanto até "ontem".
Pelas linhas agora mudas,
Rabiscos fracos de puro amor.
Devaneios tolos, que me pertencem sem condições..
Algo natural resistindo à própria "morte".
Pelas linhas agora tão curtas,
Um poema atravessado, sem garganta pra correr,
Sem beijo para agradecer ou olhos pra dormir.
Atravessado nos questionamentos do meu pensar,
Solidificado pela caneta no papel,
Mesmo sem razão ou direito de existir.
Condicionado a namorar nossa dor.