PÉTALAS AO VENTO

Bem sei
que não irás me perdoar
das quedas que tive
ao desalinho,

nem estender-me a mão,
ou pousar-me novamente o puro olhar
para que desbravemos
novo caminho;

então suplico
que permitas, pelo menos,
que ainda nos toque a brisa do passado
com lembranças tão somente
do que nos tenha
sido bom,

e deixa que as enxurradas
das imperiosas chuvas de outrora
se escorram pelos bueiros
do caminho,

levando consigo
os resíduos das asas quebradas
e das folhas e flores
que morreram.

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 07/05/2014
Reeditado em 07/05/2014
Código do texto: T4797988
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