POR QUÊ?
Por que o ciúme
– ou a possessividade –
exacerbado,
se nosso amor deveria
ser sublimemente livre
sobre a nuvem;
e, se tal sentimento,
quando foge ao controle,
faz com que te sofras
e machuques a quem mais
dizes amar?
Antes, se tu me amas,
ama-me como sou
– humanamente –,
e não à esplende imagem
que possas projetar
de mim,
antes que tudo se escorra,
tristemente,
perdido entre pedras
e merdas.
Péricles Alves de Oliveira