EXTRAVIOS
Por que não vens mais
quando te chamo,
como se nunca houvéssemos
nos amado
e nos prometido,
recíproca e sempiternamente,
em fulgurosos enlaces ao leito
e em sublimes sonhos
de asas;
acaso te cansaste
da monotonia de meu amor,
ou de minhas recorrentes quedas
pelo caminho,
ou, quem sabe, achaste
outros passarinhos
com quem voes como nuvem
de algodão?
Péricles Alves de Oliveira