A TELHA


Pouco se importa com a telha seja de que for.
Detalhes pequenos de todos nós são preciosos.
A telha cobre ampara ilumina, mas fica sozinha.
Quer amar não encontra parceiro no seu mundo.

Molhada quente ou empoeirada se refaz sem ajuda.
É amiga de todos não é desejada pelo oposto ser.
De todas as qualidades mostras suas formas insinuantes.
Percebe-se curiosidade quando mal posta, vendo tudo.

Guardam os mais íntimos segredos, pois respeita
O que assiste silenciosamente contrastando uma
Com outra nas curvas delineadas de seu corpo.
É na escolha para o término de onde a põem
Que, mãos áridas ou macias a seguram gostosamente.

É quando vista por paixão talvez enganadora,
Que se aproveita da telha acolhedora seduzindo
Sua semelhante não havendo preconseito, mas,
Amando desesperadamente qualquer uma delas.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 07/05/2014
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