O CORVO E A NUVEM

É verdade que tive
muitas quedas,
sobretudo no abuso
com o verbum volat,

fazendo com que o céu,
outrora azul,
se tornasse escuro
e se dobrasse em incontidas
e dolorosas chuvas

– e como seria bom
se pudesses aliviar as relevâncias
de meus recorrentes tropeços
pelo caminho! –;

mas nem por isso
deixei de te amar em sublime
sonho nuvem
que, em mim, tornou-se
inexoravelmente
enraizado.

Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 07/05/2014
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