Do Beijo
Que seja imortal, infindo
O menor dos beijos de face
Ou nos lábios, pois toda forma de amar
É bem vinda, quando vinda d’alma,
Da malva dos canteiros, do abecedário!
Cantos cantigas de dançar
Pelo tecido fino, brilhante
Deslizando pelo corpo como patins,
Pelo gelo numa noite outono sem luar,
O cheiro da chuva te traz em amiúdes!
Desejos que se refletem no espelho
Côncavo, convexo, não importa
São desejos impares no perfume,
Singulares no espectro ascendente
Da luz propagando-se do sentir, do sentimento!
Gira, girando roca dos novelos
Traga dos seios levando ao peito
O maior dos beijos, pois toda forma de amor
Revela-se nas vertentes do âmago!
06/05/2014
Porto Alegre - RS