Os olhos precisam de lágrimas pra sobreviver
Os olhos precisam a tempo
De lágrimas pra sobreviverem
Cada choro, cada pingo, renova
Emotiva a esperteza ocular
Acende o pranto, inspira
Não resiste... desaba.
O que não vi, não interessam aos olhos
O que não passei, o coração não sofre.
Mas, lá do profundo
Sai riqueza enraizada
Assistida pela força da gana
Do choro encabulado.
Inefável, extravasa, decola pranto imediato.
Admirado pelos sossegados olhos
Os sonhos penetram nos pensamentos
Como máquina de tempo.
A inspiração abre os caminhos
a fantasia, como nuvens se abraçam.
Choram de saudade e as palmas batidas
Não chegam, nem alegram o coração.
É grande a vontade
Omissa pedir pra desabafar...
O Choro estimulado
Alimenta, balança os olhos.
Os olhos precisam a tempo
De lágrimas pra sobreviverem...