Pássaro ferido

Vejo-te triste, muito distante, voando no tempo.

Fugindo de um desejo, de um sonho, de uma esperança.

Vejo-te calado, no palco da vida no gramado da natureza.

No controle do dia, das horas e dos momentos.

Desfilando as asas em ruas coloridas

Conquistando fantasias, mergulhando nos braços do universo;

Na força que te guia que te faz chegar às alturas;

Aonde quer chegar.

Longe de um carinho, sozinho e sem morada fixa.

Vejo-te voando, e observo o seu voo solitário.

Você voa e não para, não pousa.

Sobrevive na mudança de hábitos e costumes

Sabe que a única coisa certa e voar, repudiar perigos da vida.

Você voa, mas está ferido e suas asas estão sangrando;

E sabe que vai ter que parar e em algum lugar se abrigar.

Você voa e a paisagem do tempo está exposta

Assiste uma cena em plena tarde de outono

Voa tentando apagar as indiferenças abraçando uma chance;

Que ainda existe em meio á dor longe de seu ninho

Seu canto já não existe, sua pena está escura.

Seu coração bate forte e ainda respira

Ver á vida num pequeno fio

O que parecia realidade se torna distância.

Elza Marques
Enviado por Elza Marques em 05/05/2014
Código do texto: T4794501
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