Este bendito amor
O amor é coisa séria.
Às vezes começa
como uma brincadeira.
Mas lanças raízes profundas.
Que o sentimento
rega em lágrimas
Fiéis de alegria, ou tristeza.
Daí não adiante fugir.
Nem fingir.
Dissimular, tão pouco.
Não é paixão, simplesmente.
Que numa noite abrasa o inferno.
E noutra alça vôo aos céus.
Pois o amor
é desassossego eterno
Batalha que beira
as margens do vulcão.
É furacão instantâneo
que lhe rouba o coração.
Ora leva o ânimo consigo.
Deixa-o sem assento.
Já assentado.
Mexe dentro e
Abala fora.
Tal retrato malacabado.
Na busca incessante.
Da sua boa moldura.
Que se encontra ao lado
E ainda não foi avistada.