Em uma noite qualquer
Em uma noite qualquer eu estava a andar,
Em meio as ruas vagas e sombrias procurei te encontrar,
A solidão rasgava meu coração a cada instante,
Eu precisava novamente ver a sua face,
Eu precisava novamente sentir o calor da sua pele.
Estava frio, e a neblina cobriu os meus olhos,
De visão tapada não pude enxergar nenhum vestígio por você deixado, Eu estava cega pelo medo, sufocada pelas razões.
Em uma noite qualquer eu senti a sua falta,
Eu desejei ver o brilho da lua,
Mas as nuvens negras me impediram de enxergar
A única forma de vida que eu ainda possuía.
Senti a vida perder o sentido,
Minha alma se afogava em meio ao abismo,
E tudo seria o fim.
Mas em uma noite qualquer a lua ressurgiu,
O seu brilho contemplou minha face,
Senti no meu peito meu coração a sorrir.
As lágrimas aos poucos se secaram, e novamente consegui ver
Tudo que eu havia perdido por medo de perder você.
Em uma noite qualquer eu voltei a viver e pude sentir,
Como foi boa a sensação de ter conseguido sobreviver sem ti.
(texto escrito no ano de 2010)