Quando eu não mais...
Puder gritar
No silencio que antecede as horas
Letra por letra...
Nas janelas das palavras
Não mais puder debruçar...

Quando não mais...
Puder pintar
Ou ao menos tingir um poema
Com o pincel mágico no universo
Dos meus versos...

Quando não mais...
Puder vocábulos novos (re)inventar
Para em meu mundo encantado de poesia
Poder grafar minhas letras d'ouro...

Quando não mais...
Puder em meu castelo
De sonhos adentrar
Para transbordar
O amor que sem conter a emoção
Que derrama pelas mãos...

Quando não mais...
Puder deliciar
As sinfonias de Bach
O cravo bem temperado
Degustar no mais hirto desejo...


Quando não mais...
Puder fazer poesia
Em meu dia a dia...


E aprender a escrever
O que na mente vem pronto
E, assim...

Neste momento
Irei parar de respirar...
Pois, a poesia me faz amar
E, amar me faz viver...

Eu não mais existiria...
Se não existisse
O Deus-poesia que em mim
Habita e me faz prosseguir.



RAYEVA PEGORAROVISKY - MUI AMADA QUARTA ESPOSA DE SIR ALEIXENKO OITAVO - MÃE DOS QUADRIGÊMEOS E MINISTRA DA SAUDADE E DO AMOR DO REINO DE GOROBIXABA
Corte de Gorobixaba
Enviado por Corte de Gorobixaba em 30/04/2014
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