Almíscar
Sinto um cheiro que se condensa
Tão confuso, tão profundo, imenso...
Minhas unhas compridas utilizo depressa
Tentando arranhar o que posso deste incenso...
Exalo este perfume celeste e tão caro,
Não entendo, não quero, tanto, tanto, tanto...
Eu almejo... mas esse almíscar que nem é tão raro
Às vezes me instiga, às vezes me põe em pranto...
Não sei se é meu ou se às vezes fede,
Tão difícil quando metaforizado...
Pois este cheiro sempre muito pede...
Tão raro quando posso sentir com prazer, com agrado...
Tão constante seu amargor que neste gargalo não se mede...
Ah, como beber num trago este sabor dúbio, pra mim já estragado?