Ninguém Sabe
Ninguém sabe que sou triste...
que a música que canto
é o pranto do silêncio.
Que a felicidade que aparento, pela rua,
é, ainda, algo teu que me acompanha...
O riso que reflito não é meu,
é, sim, a alegria que me emprestas
no momento em que te dás.
Por isso cultivo rosas,
e planto girassóis sobre a calçada,
(eles sempre mostram onde a luz se descortina...)
Por isso guardo a lua nos espelhos
o ocasos nas olheiras,
para que quando me visites
te comovas com a poesia que fecundas
e deixes um pouco de ti vivendo em mim.