BACANAL A DOIS
Me perco no seu cheiro
quando a flor da carne em mel
descaverna estrelas sedentas
de bacanal a dois
Me dopo no seu cheiro
quando você exibe
a peça mais íntima no olhar
Já não caibo em mim de tamanho desejo,
ainda mais quando você abre venusianamente
a assinatura de genialidade da Natureza,
e o que é imoral fica nobre
Querer o que em você femininamente é incêndio
traduz a perícia do caçador
que dialoga com a terra
pois o que é bravio quando vento e galo
em silêncio aguardam a tempestade?
No solo, ferido de tantos segredos,
dilacero charadas de uma paixão tão grande,
que o Amor é ferocidade descarada da cobiça sem pudor,
que no seu caso é ternura carnívora