Arquivo amoroso
Asqueroso,
amor é onipotente.
A casca da ingratidão
é o amor
Amor é sorriso inquieto
sincero
é circo de acrobacias psicológicas
na vontade crua
incompetente, retorna
em círculo caótico e
no medo de amar
Na pintura do corpo
é pulsação
é retorno em horas lentas
confirmação do intuitivo
há quem jure, por ele,
o para sempre do finito
imperativo, exclamativo,
ponto de interrogação
é o amor ?
Na pupila dilatada
a distancia entre duas bocas
face com face
amor é global
Amor é meditativo
ácido forte
corrosivo
amor é exibicionista
Amor é vivo,
em batimentos toráxicos
amor é ver-te imprevisível vidro
e indiscutívelmente ambígua