Arquivo amoroso

Asqueroso,

amor é onipotente.

A casca da ingratidão

é o amor

Amor é sorriso inquieto

sincero

é circo de acrobacias psicológicas

na vontade crua

incompetente, retorna

em círculo caótico e

no medo de amar

Na pintura do corpo

é pulsação

é retorno em horas lentas

confirmação do intuitivo

há quem jure, por ele,

o para sempre do finito

imperativo, exclamativo,

ponto de interrogação

é o amor ?

Na pupila dilatada

a distancia entre duas bocas

face com face

amor é global

Amor é meditativo

ácido forte

corrosivo

amor é exibicionista

Amor é vivo,

em batimentos toráxicos

amor é ver-te imprevisível vidro

e indiscutívelmente ambígua

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 24/04/2014
Código do texto: T4780503
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