DE AMOR
Amor,
voo em esplendor,
com asas artificiais a se ruflarem
com fulgor:
ao vento,
o sonho em treloucado
pensamento
do hasteado girassol
e da fulga flor,
que ao chão vibram
em alienamento;
aos calcanhares
da terra,
destroços e nadas
com sabor de metais
e fezes,
a esperarem
que se lhes acumulem
mais lágrimas, angústias e dores
das recorrentes
quedas.
Péricles Alves de Oliveira