Sobre o mais velho clichê do mundo: amor e suas multifaces.
Amo você.
Amo muito.
Amo muitos.
Amo um mundo
e mesmo assim
amo poucos.
Amo aos poucos.
Amo pouco,
amo tudo,
quase não amo nada...
Amo precipício.
Amo como um precipício.
Amo de uma vez só.
Amo uma vez só.
Amo muitas vezes um só.
Amo. Muitas vezes, um só.
Muitas vezes, amo muitos ao mesmo tempo.
Amo a muito tempo.
Amo com o tempo,
amo sem tempo.
Amar me tira o tempo,
o sono,
e todo o resto.
Mas amo o resto,
amo as sobras.
Sobra amor,
amo de novo,
amo o novo,
amo o velho,
reamo.
Sem pensar, amo.
Se pensar muito, amo mais.
Amo complicado,
mas as vezes descomplico
e simplesmente
amo.