EU
Eu sou, teu maior refúgio que nunca ti refugiar-te, quando nos meses de chuva tu si banhava despida de pudores algum, a tardinha na rua.
Eu sou, o único personagem que dramatiza amores decorrentes das solidões que sempre estavam sentadas a beira da calçada a tua espera em silêncio.
Eu sou, o som dos primeiros raios do sol quando sem querer me via sozinho a tua expectativa, sendo contemplado por meus olhos.
Eu sou, como os artistas de rua, brincando de viver sem se preocupar com o dia de amanhã, somente viver o hoje, o agora, o hoje, como quem sempre espera da vida o melhor de tudo, de todos, sem a tristeza dos desalegres.
Eu sou, quem de longe sempre vidra por tuas conquistas em quase tudo, e era muito engraçado saber que tu nem sempre estavas bela para ser elogiada.
Eu sou, somente um ser sem muitos valores, que a sociedade passa cobrar impostos ou qualquer outra coisa que possa, a ela, favorecer de alguma forma.
Sou, distante e finito.
Sou, o teu presente mais ausente de cada dia.
Sou, teu e meu.
Sou, as flores, todas elas, e de todas as cores, e todas as fragrâncias que se possa sentir.
Eu, estou em todo lugar para você me escolher, a hora que você quiser.
Sou, um só.
Um único só distante.
Sou, sonho e realidade, realidade esta, não tão importante de importâncias importantes.
Sou, quem ti ver e ver realmente quem és.
Sou assim, um pouco teu e meu como quem deve eternamente a ti a metade ou quase tudo de mim.
Sou, seu.
Sou, meu.
Sou, somente eu, que vive sendo todo teu.
Marituba, 27/03/14.
augusto poeta