Cartinha ao amor

E quando a chuva transbordar rua abaixo,

Andarei com você com os sapatos nas mãos assim descalços.

Se por acaso o espinho vier penetrar sua pele,

Estancarei o sangue com meus lábios até que cessem.

Em cada febre, enxaqueca dolorida e delirante,

Estresse,TPM serei seu remédio mudo ainda que tenha que ficar distante.

No horário da novela,

No cair das panelas,

Em qualquer ciúme eventual,

Falácias se esvairão, agirei diferentemente sendo o mesmo, igual.

Quando sua mãe jogar flechas em mim,

Ou outra pessoa qualquer espalhar cacos de vidros em nosso jardim,

Enfim você perceberá o contrário,

fora você que me achaste e sabe melhor do que ninguém como eu ágio.

Na janela diversas cortinas receptivas ao mesmo sol,

Vez por outras o cinza das chuvas,

Haverá talvez granisos, nos momentos que o tempo nubla.

E com sua ajuda, me olhando muda, mesmo que ainda em dúvida,

Jogarei a toalha de pedidos de desculpas.

E nos dia ensolarados, na praia, na laje, ou no lago,

Ficarei a seu lado,

À sua pele, protetores solar,

Para raio anti azar,

Acompanhando o seu sorriso, em um dueto ao gargalhar.

Rindo contigo da mesma coisa,

Chorando ao seu lado a mesma cebola.

Ninar o mesmo bebê,

Viver e envelhecer assim sem perceber.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 21/04/2014
Código do texto: T4777537
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