Cartinha ao amor
E quando a chuva transbordar rua abaixo,
Andarei com você com os sapatos nas mãos assim descalços.
Se por acaso o espinho vier penetrar sua pele,
Estancarei o sangue com meus lábios até que cessem.
Em cada febre, enxaqueca dolorida e delirante,
Estresse,TPM serei seu remédio mudo ainda que tenha que ficar distante.
No horário da novela,
No cair das panelas,
Em qualquer ciúme eventual,
Falácias se esvairão, agirei diferentemente sendo o mesmo, igual.
Quando sua mãe jogar flechas em mim,
Ou outra pessoa qualquer espalhar cacos de vidros em nosso jardim,
Enfim você perceberá o contrário,
fora você que me achaste e sabe melhor do que ninguém como eu ágio.
Na janela diversas cortinas receptivas ao mesmo sol,
Vez por outras o cinza das chuvas,
Haverá talvez granisos, nos momentos que o tempo nubla.
E com sua ajuda, me olhando muda, mesmo que ainda em dúvida,
Jogarei a toalha de pedidos de desculpas.
E nos dia ensolarados, na praia, na laje, ou no lago,
Ficarei a seu lado,
À sua pele, protetores solar,
Para raio anti azar,
Acompanhando o seu sorriso, em um dueto ao gargalhar.
Rindo contigo da mesma coisa,
Chorando ao seu lado a mesma cebola.
Ninar o mesmo bebê,
Viver e envelhecer assim sem perceber.