PERDOA-ME
JB Xavier & Fernanda Guimarães
Perdoa-me por derramar-me dos teus versos
Quando minha poesia eras tu
Ou quando me esculpias apenas fantasia,
E te fazias fantasia em meus sonhos,
Envolta nas transparências dos teus desejos...
Tentei transformar-me
Em todas as realidades que os desejos envolveram,
Apenas para ver
Que cometemos o pecado de tentarmos ser reais
Quando sabíamos
Que a única realidade que existe, é o sonho,
Em cujo universo deveríamos ter mantido o beijo.
Perdoa-me por tentar ser real
Enquanto teus olhos suspiravam pelo sonho
E te aprazias somente o adiar da realidade.
Perdoa-me
Por afagar os teus olhares,
Eu, que conhecia tua escuridão,
Ainda que não soubesses das tuas trevas...
Em ti despi a ternura das minhas digitais
E aos poucos vesti a tua pele,
Abandonando a minha própria,
Na renovação do sonho de ti, que me domina...
Não esperes de mim saídas honrosas
Porque eu não saberia fazer sorrir a dor
Quando a emoção desconhecida do adeus
Acariciar-me o peito e trespassar-me a alma,
Nem me permitiria sobrepor ao medo
Às dúvidas borradas de incertezas
Que me ensinaste com o teu vivenciar
Perdoa-me
Pela simplicidade da ausência de disfarces,
Pela inexistência de máscaras
Por ser sempre presença,
Ainda que apenas em tua saudade...
Decidi seguir estradas sem atalhos para chegar a ti,
Caminhando teus percursos,
E porque fiz de ti minha certeza,
Ignorando quando me falavas de dúvidas,
Já não tenho atalhos para o regresso...
Perdoa-me por fazer deste fracasso minha vitória,
Por me condenar a seguir sem ti,
Preferindo ter nossas pegadas reluzindo
No horizonte das estrelas
A ver a solidão do meu olhar sem lembranças
Perdoa-me pelas minhas mãos
Que seguem tateando nessa escuridão, que outrora foi tua,
Em busca de ti, única luz capaz de me resgatar de mim...
E ainda que adormeças em tuas tormentas,
Ou que penses tê-las deixado todas no passado,
Perdoa-me por permanecer como teu presente,
Pois me dei a ti completamente...
E mesmo agora que te ausentas de mim,
Sigo ecoando pelos corredores dos teus silêncios,
porque sei que na tua história
Terás que escrever também meu nome
* * *
JB Xavier & Fernanda Guimarães
Perdoa-me por derramar-me dos teus versos
Quando minha poesia eras tu
Ou quando me esculpias apenas fantasia,
E te fazias fantasia em meus sonhos,
Envolta nas transparências dos teus desejos...
Tentei transformar-me
Em todas as realidades que os desejos envolveram,
Apenas para ver
Que cometemos o pecado de tentarmos ser reais
Quando sabíamos
Que a única realidade que existe, é o sonho,
Em cujo universo deveríamos ter mantido o beijo.
Perdoa-me por tentar ser real
Enquanto teus olhos suspiravam pelo sonho
E te aprazias somente o adiar da realidade.
Perdoa-me
Por afagar os teus olhares,
Eu, que conhecia tua escuridão,
Ainda que não soubesses das tuas trevas...
Em ti despi a ternura das minhas digitais
E aos poucos vesti a tua pele,
Abandonando a minha própria,
Na renovação do sonho de ti, que me domina...
Não esperes de mim saídas honrosas
Porque eu não saberia fazer sorrir a dor
Quando a emoção desconhecida do adeus
Acariciar-me o peito e trespassar-me a alma,
Nem me permitiria sobrepor ao medo
Às dúvidas borradas de incertezas
Que me ensinaste com o teu vivenciar
Perdoa-me
Pela simplicidade da ausência de disfarces,
Pela inexistência de máscaras
Por ser sempre presença,
Ainda que apenas em tua saudade...
Decidi seguir estradas sem atalhos para chegar a ti,
Caminhando teus percursos,
E porque fiz de ti minha certeza,
Ignorando quando me falavas de dúvidas,
Já não tenho atalhos para o regresso...
Perdoa-me por fazer deste fracasso minha vitória,
Por me condenar a seguir sem ti,
Preferindo ter nossas pegadas reluzindo
No horizonte das estrelas
A ver a solidão do meu olhar sem lembranças
Perdoa-me pelas minhas mãos
Que seguem tateando nessa escuridão, que outrora foi tua,
Em busca de ti, única luz capaz de me resgatar de mim...
E ainda que adormeças em tuas tormentas,
Ou que penses tê-las deixado todas no passado,
Perdoa-me por permanecer como teu presente,
Pois me dei a ti completamente...
E mesmo agora que te ausentas de mim,
Sigo ecoando pelos corredores dos teus silêncios,
porque sei que na tua história
Terás que escrever também meu nome
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