POR QUE AMÁ-LA?
Só não amo
a vida,
porque desse amor, sei:
sair-me-ei perdedor!
Seja na PENHORA NATURAL;
num SÚBITO CONFISCO;
ou eu, nos autos processuais
do MEU CRIME PASSIONAL.
Por que amá-la,
a vida,
se profetiza
a me perder
um dia?
No mais,
no tudo,
amo inconseqüente.
Talvez não,
ou creio sim:
um mutante enamorado,
adolescente!