Orfeu e Eurídice
I
Como reles andarilho do mundo
que se encanta com flores rasteiras
com cantos de viola
e vôos aleatórios de borboletas
queria experimentar da emoção
deixar-te, flor de melancolia, e me apaixonar
por uma estrela menos quente
me salvar de teu assassino quasar...
Sou deus andando entre as selvas
tantas cachoeiras e pedreiras
sou deus fugindo do homem
em busca de um instante de beleza...
Mas sou criança ninada no berço da criação
Como Criador não sei amar...
Ele recebe ingratidão
e eu só amo se amor me dão.
II
Eu queria como um filho de Dionísio amar
mas só sei olhar o sol e com Apolo fazer poesia
e durante a noite tocar para sua irmã minha lira...
Eu queria como Paris me apaixonar
mas és tu estrela prestes a morrer
me repeles com teu pulsar...
Morri no veneno da serpente enciumada...
tornei-me o meu amor em noite enluarada
Orfeu, amado poeta, que aplacou a ira com sua rica poesia
que cruzou o Estigue em vida
e fez Hades chorar lágrimas de ferro
Buscou-me do mundo dos mortos
mas olhou para trás... E eu fiquei no inferno
Tornei-me então meu amor
que remédio oferece para todos
mas não cura sua própria dor...
Um dia despedaçado em seu labor
desconstruído em seus sonhos, Orfeu meu amor,
terá tuas partes juntas de minhas partes
e seremos um só cantar...
Os pássaros irão parar de voar apenas para nos ouvir
as árvores se inclinarão e hão de dançar
a melodia da lira que fala de nossa adoração!
Mas por hora, eu sou o meu amor, e ele sequer me olha...
Eu tenho de Apolo a poesia e ele a sagrada lira
os corações perderam-se nas idas e vindas
mas um dia seremos canção
um vibrar do eterno amor
Fazendo nascer estrelas na imensidão...
Pois dois que se tornam um
é o principio da continuação!
I
Como reles andarilho do mundo
que se encanta com flores rasteiras
com cantos de viola
e vôos aleatórios de borboletas
queria experimentar da emoção
deixar-te, flor de melancolia, e me apaixonar
por uma estrela menos quente
me salvar de teu assassino quasar...
Sou deus andando entre as selvas
tantas cachoeiras e pedreiras
sou deus fugindo do homem
em busca de um instante de beleza...
Mas sou criança ninada no berço da criação
Como Criador não sei amar...
Ele recebe ingratidão
e eu só amo se amor me dão.
II
Eu queria como um filho de Dionísio amar
mas só sei olhar o sol e com Apolo fazer poesia
e durante a noite tocar para sua irmã minha lira...
Eu queria como Paris me apaixonar
mas és tu estrela prestes a morrer
me repeles com teu pulsar...
Morri no veneno da serpente enciumada...
tornei-me o meu amor em noite enluarada
Orfeu, amado poeta, que aplacou a ira com sua rica poesia
que cruzou o Estigue em vida
e fez Hades chorar lágrimas de ferro
Buscou-me do mundo dos mortos
mas olhou para trás... E eu fiquei no inferno
Tornei-me então meu amor
que remédio oferece para todos
mas não cura sua própria dor...
Um dia despedaçado em seu labor
desconstruído em seus sonhos, Orfeu meu amor,
terá tuas partes juntas de minhas partes
e seremos um só cantar...
Os pássaros irão parar de voar apenas para nos ouvir
as árvores se inclinarão e hão de dançar
a melodia da lira que fala de nossa adoração!
Mas por hora, eu sou o meu amor, e ele sequer me olha...
Eu tenho de Apolo a poesia e ele a sagrada lira
os corações perderam-se nas idas e vindas
mas um dia seremos canção
um vibrar do eterno amor
Fazendo nascer estrelas na imensidão...
Pois dois que se tornam um
é o principio da continuação!