Amar cura
Solitário relento, mancha impura
Afoga-me nos destroços de meu passado
Embriague-me de azuis escuros
Depois, perca-me no preto.
Névoa atordoante, incessante ferida
Devolva-me a escuridão, meu canto de refúgio
Abrigue-se de males perenes obscuros
Então, atire-me num penhasco sem fim.
Estupefato, realizarei-me na queda interminável
e libertarei-me de todo medo que consome.
Enclausurado, viverei a eternidade na amargura
ou, em suspiro perecível, descobrirei que amar cura.