Vida Nova

Não sou de ninguém

Ninguém é meu

Sou apenas minha, ninguém

me quis de verdade

Na verdade, nem eu me quis

Me desperdicei, enganando-me

Minha vida foi de enganos

um alfabeto ao contrário

Palavras que juntas jamais

foram poesias

Ainda dói

Faço-me de durona

Tento fazer-me de palhaça

brinco, mas ainda está aqui

Ainda não entendo

Sinto-me só, muito só

Um mundo de gente na frente

e tenho vontade de voar

Sair por ai, ir em outras

paradas, voar alto

onde ninguém me conheça

e eu possa recomeçar do" zero"

Quero fugir dessa mesmice que tornou-se minha

vida

Dessa solidão que fez morada nesse meu corpo

melancólico e doloroso

preciso sair, preciso viver, criar vida nova....

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 15/04/2014
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