A Procura do Amor
Esse sou eu, a procura de amor. Não o perfeito, mas o amor.
Matando e morrendo pelo ansiado amor. Pelo puro amor.
Esse sou eu, nas voltas da vida, tapando as feridas que com desprazer causei a mim.
Procurando o que não é impossível, procurando o que é amor. Procurando talvez a vida, talvez a cura para as feridas. Incessantemente, sem cansar, sem parar, temendo, mas não desistindo.
Apenas procurando e ouvindo o que a vida tem a me mostrar.
Deixando e pegando. Nada chega a ser relativo, tudo é intenso, controlável e intenso.
Esse sou eu, procurando pelo amor. Procurando o controle que por vezes perco nas viradas da vida e que fazem-me ter a certeza que não é tudo controlável. Apaziguador. E indolor.
Tomando os remédios julgados certos e não jogando tudo pra cima.
Esse sou eu, compreendendo até mesmo o incompreensível. Buscando a força no invisível que não é bíblico.
Sendo eu mesmo o controle, a perca do mesmo e o achado raro do medo.
Medo que paralisa e deixa indefeso.
Saindo ileso no meio das lesões que o espelho causou-me quando se quebrou diante da minha face de dor. Sendo anestesia que nenhuma droga me proporcionou.
Sou eu, tapando o que esqueço com palavras de amor, confusão e dor.
Entre tantos a vida me presenteou com a vida, a infância e a mente que por vezes toma controle do que sou. Fazendo-me ser.
A reticências que busca resposta e esconde as propostas.
Esse sou eu a procura do amor que já não mais o mesmo do tempo de vovô, mas ainda é amor que não muda, que não oculta, deixando muda a voz da alma.
A procura do amor, da saída para dor.
Da vida plena, da vida bela, da vida louca, a procura da vida. Apenas da vida,a somente do amor.