Desnude em Alentos
Ao som de uma viola flamenca
Entonteço-me, ao ver-te desnudar
Como uma fada, uma fada cigana,
Cigana das cartas, das castanholas,
Do xale rubro negro velando os seios!
A capital é dos versos,
Mas a canção é puro alento
Dentre os perfumes e os veios
Impondo-se pela carta do amor
Sobre a pele nua e os lábios úmidos!
A saia rodada de seda
Fico pelo chão, o corpo aveludado
Sob o leito em flores emana,
Flutua em êxtases oriundos
D’alma a qual me embriaga, sentir!
O silêncio aloca-se pelo perfil
Da face inerte em prantos,
Em bodas que só amor pode cantar,
Gritar pelos quatros ventos,
Solidão, magia em atos!
13/04/2014
Porto Alegre - RS